Friday, July 17, 2009

Dos contos e acalantos de Ananda Flora

Ofegante madrugada
à beira
da esquina

Passos firmes
embriagados
no desejo ébrio
de te querer

Estendo a mão
Sigo na direção
de não sei o quê

Posso ser aquela
do teu leito
desse jeito esplêndido
da falta de lucidez

Posso ser o todo
o resto
o inquieto
o que não tem porquê

Ergo os braços
já no seu colchão
Num tempo incerto
de ser

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