- Aí! Gostei do teu namorado!
Acenei para os dois caras no caminhão, dei um sorrisinho tímido, achando graça.
Virei as costas para o Capibaribe e me voltei para Aurora. Cruzei as pernas como João e mirei meu olhar na linha do dele, direto para a encruzilhada da Boa Vista. Na mão direita, o Cão sem plumas. Nas minhas, papéis rabiscados, sem importância alguma.
Quem passava, olhava. Sorrisos e piadas das mais diversas, nada desagradável.
Foi ali que viramos a sensação daquele trecho da rua, em 20 minutos de um fim de tarde.
Eu e o poeta.
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