Ontem fui andar. Andei, andei e andei. Meio que sem rumo, sem dinheiro e celular. Porque queria rodopiar e não ser atrapalhada por nenhum larápio. Cheguei ao Torreão, arrodiei por Campo Grande, passei pela Encruzilhada e cheguei de volta ao Espinheiro. Na frente do portão de casa chorei, como se aquele suor da caminhada fosse lágrimas de todo o meu corpo. Precisava colocar para fora uma agonia. Pensei que deveria andar mais. Senti desejo dos braços do meu pai. Achei melhor pegar o carro, afinal, Olinda não é logo ali. Bati na porta do velho e me senti uma criança de cinco anos. Pulei em seu pescoço e me abracei por quase meia hora. A mão do meu pai é pesada e alisava minha cabeça. Senti sua aflição, porque quando um filho chora, a gente chora também. Saí de lá mais linda, mais pura, mais feliz, na certeza de que meu pai está aqui ainda nesse lugar que me faz tão bem.
Saturday, March 01, 2008
Quando a gente rodopia em torno de si mesmo
Ontem fui andar. Andei, andei e andei. Meio que sem rumo, sem dinheiro e celular. Porque queria rodopiar e não ser atrapalhada por nenhum larápio. Cheguei ao Torreão, arrodiei por Campo Grande, passei pela Encruzilhada e cheguei de volta ao Espinheiro. Na frente do portão de casa chorei, como se aquele suor da caminhada fosse lágrimas de todo o meu corpo. Precisava colocar para fora uma agonia. Pensei que deveria andar mais. Senti desejo dos braços do meu pai. Achei melhor pegar o carro, afinal, Olinda não é logo ali. Bati na porta do velho e me senti uma criança de cinco anos. Pulei em seu pescoço e me abracei por quase meia hora. A mão do meu pai é pesada e alisava minha cabeça. Senti sua aflição, porque quando um filho chora, a gente chora também. Saí de lá mais linda, mais pura, mais feliz, na certeza de que meu pai está aqui ainda nesse lugar que me faz tão bem.
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